FIM…
ago 07Caiu uma árvore em cima de um carro Chora o dono Morre a árvore que tentava sustentar-se em pé Como convém a sua espécie As raízes não puderam reter o asfalto Que abafa a seiva Comprime e se estende até sufocá-la Disseram que a árvore era velha Mundo esse em que vivemos… Culpam a idade Pela morte que chega O fim existe para tudo Ou quase tudo Por isso fico...
ISSO…
jul 19Então é isso… O silêncio calou o eloquente O silêncio quis ser eloquente Mas o ouvido se vestiu de coração E só fez pulsar Pulsar E pulsar… Até o nunca mais acabar Até o celular tocar Até a luz acender Até o medo correr Até a boca falar Até o soluço cessar Até a mão apertar Até o abraço ocorrer Até o “te amo” dizer Até o beijo...
RESILIÊNCIA
jun 25Momentos de fotografia colhidos a dedo Dedo que clica e rearruma o desarranjado Sim, uma sertaneja passeia em terras urbanas Fora do lugar Sim, uma sertaneja mora em terras urbanas Cheias de gente Numa terra prometida há muito tempo atrás (Como convém a um pleonasmo) Não vou me falar das dores acumuladas, cheiradas Acarinhadas Como a temer não tê-las Quero lembrar as raízes...
NA BRINCADEIRA DO TEMPO…
nov 07Ela encorajava o coração com sonhos tolos Menina…ainda brincava de bonecas, pega pega, enquanto estudava assuntos de muitos. E ele escondia-se atrás… Lá Na última penúltima fila de um colégio que não existe mais. Muita coisa não existe mais. O que se sabe é que o tempo passou… O vento apareceu Trazendo pra perto a memória, nomes, fragmentos, portais de sonhos ao...
PARA ARSENIO…
out 18Hoje é um dia para falar de gratidão. Esta mesma que nutro pelos que tive a oportunidade de conhecer nesta vida. Este espaço verde já me rendeu muitas sementes e uma das mãos que as plantou, várias e várias vezes, foi Arsenio Meira de Vasconcellos Júnior, nosso querido Devorador de Poesia. Com ele, aprendi sobre as palavras generosidade e gentileza. Sem mais poder dizer e hoje,...
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